Se algum dia fosse obrigado a manter um único pensamento, se, fosse a minha mente restrita, à força de lei, a um só pensamento, impedida, sob pena de cessação de função cerebral superior, de se espraiar pelo Universo que somos e em que nos encontramos, ficaria, de bom grado, pela consciência, ou falta dela, dos actos e das omissões. Imagino-me, para o resto da vida pensante, que pode ou não coincidir com a biológica, para mais ou para menos, absorto nesta linha de pensamento; averiguando a extensão imediata da meditação, procedendo a definições e parametrizações, estipulando regras e metodologias de investigação e análise, lançando teorias, delineando experimentos, avaliando resultados. Numa fase mais adiantada do exercício, anteciparia o intangível, o inesperado desta ou daquela conclusão, regozijaria perante a copa de ramificações do que era primeiramente um tronco e que agora aparece como árvore, frondosa, intrincada, inexpugnável. Torço-me perante os ramais truncados, os ramos inco
um edifício mental construído para manter acesa a chama e reforçar a confusão