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A mostrar mensagens de 2004

Marcelo Rebelo de Sousa 1 - 0 Todos os outros

A propósito da saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI. Que um obscuro ministro do governo de Santana Lopes acuse, em nome do governo a que pertence e em nome do seu Primeiro Ministro, as estocadas semanais de MRS na TVI, entende-se, dado ser este um governo de actos menores, composto por gente de acções menores e liderado por um espírito que de há muito se releva prepotente e imaturo. Entende-se a forma como foi feito e porque foi feito. Usando a papa-açorda que é a comunicação social como correia de transmissão, este governo manifestou de forma nunca vista em trinta anos, o seu incómodo perante uma voz que, reconhecidamente elucidada e assertiva, tem perante este Primeiro Ministro, uma particular azia, tanta que nem o seu elevado intelecto consegue disfarçar. Feita a 'indemocrática' acusação e entendidos, se bem que ainda incompreensíveis, os seus motivos, persiste no meu pensamento uma dúvida: o que terá levado MRS a anunciar a interrupção de um projecto de mais de quatro an

tenho uma dúvida (de: 24.jul.02)

sacre coeur Originally uploaded by zigurate . desde que me lembro que vivo em conflito com o divino. aceito mal, e com profundas reservas, a prática cristã e muitos aspectos da sua doutrina, em especial os ligados à hierarquia, santidade de alguns, infalibilidade de outros (ocorre-me Urbano II), e o cilício penitente com que desde sempre vestiram o 'bom' judaico-cristão. quanto Cristo disse: "-dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros como eu vos amei.." -estaria a dizer: "-agora tendes 11, cuidado!" -ou então: "-este revoga a legislação anterior."? qual será então a verdadeira mensagem de Cristo? julgo que a traduzida pelos evangelhos e encíclicas papais é uma "aquinização" (perdão) da mensagem original. Cristo falava para gente simples, sem profundidade intelectual, incapaz de compreender os evangelhos (haverá quem os compreenda verdadeiramente, ou apenas os interprete, com as implícitas consequências do juízo). a men

No planeta dos Crispins — o começo

A nossa história começa num tempo em que os crescidos dizem estar tudo ao contrário. Eles dizem que o mundo perdeu os seus valores, que as coisas não são como eram antigamente. Ouvimos os crescidos falarem-nos de um mundo muito diferente: andava-se quase sempre a pé, poucas casas tinham telefone, não havia computadores nem consolas de jogos, os brinquedos eram feitos à mão com panos, latas, paus, e que mais houvesse. Muitas meninas não iam à escola e dos meninos e meninas que iam, a maioria só lá ficava quatro anos. Muito poucos passavam para o ciclo, menos para o secundário e quase nenhuns para a faculdade. Começava-se a trabalhar com doze, dez, às vezes oito anos. Muitos jovens, para ganharem mais dinheiro, iam trabalhar para outros países, submetendo-se a condições de vida ainda mais difíceis que no seu próprio país. Quase todas as pessoas trabalhavam na agricultura ou nas fábricas. Havia também muitos pescadores. Não existiam hipermercados nem centros comerciais. Haviam mercearias

Não sabe escrever quem não tem o que dizer.

Lembras-te das paixões juvenis? Do quanto discorríamos. A tinta escoava-se das canetas e tanto ficava por dizer. Os amores eram sinceros, ou pelo menos assim os achavamos. Não havia internet, blogs ou mesmo computadores. Tudo era posto à unha, transcrito directamente do coração para o papel, na hora. Ahhh! que saudades desses tempos, das tardes sem escola, das longas jornadas de entrega à música, ao sono, a passeios pela foz, ao cinema, a encher a mente e o coração de mundos romanticos, mais ou menos tísicos, mas que, anos volvidos, ainda guardamos e que nos ajudaram a crescer. A paixão é a maior fonte. A frase pode soar a sentença. Soa porque seguramente o é. A paixão tem o poder de transformar qualquer um em escritor. Poderá o que nunca amou dizer o contrário?