Avançar para o conteúdo principal

Comentário ao livro: 'Um Discurso Sobre as Ciências', de Boaventura Sousa Santos

capa d'o zigurate

Este e outros títulos disponíveis em: www.lulu.com





NOTA IMPORTANTE:

Tenho reparado nas visitas assíduas que este post recebe. Notem por favor que o comentário é pessoal e interpretativo, isto é, esta versão tem, para além da análise ao texto, considerações de minha lavra, deixando por isso de respeitar o espírito do autor.

Agrada-me bastante que leiam o post e o refiram, mas por favor, ressalvem a sua natureza pessoal e possivelmente arredia do rigor e sapiência com que nos brinda Sousa Santos.

Se mesmo assim for importante à vossa pesquisa, há um e-book disponível para download em: www.lulu.com/zigurate.

p az.





Resumo
Reflexão sobre o pensamento e método científicos. Aborda o pensamento vigente, identifica pontos de ruptura e aponta uma nova forma de encarar a ciência e fundamentalmente, uma nova perspectiva da dualidade ciência natural / ciência social.

Comentário
Este texto procura mostrar ao leitor a evolução do pensamento científico desde a sua primeira revolução, no séc. XVI, até um futuro incerto, tendo como ponto de viragem (segunda revolução), este fim de século.

Partes
1. Paradigma Dominante;
2. Crise do Paradigma Dominante;
3. Paradigma Emergente.


1. Paradigma Dominante
Começa por caracterizar a ordem científica vigente e depois os sinais de crise nessa ordem. Identifica aquilo que se sabe da ciência: que é o conhecimento racional e distanciado dos fenómenos, condicionado por princípios epistemológicos e regras metodológicas. O objecto sempre diferente do sujeito é repartido, quantificado e estruturado de modo que possa ser previsível e menos complexo. Este tipo de conhecimento veio assumidamente contrapor-se ao senso comum, à sabedoria, ao misticismo, à fé (embora encontrasse outra), e à metafísica.

2. Crise do Paradigma Dominante
Os sinais de crise cedo neste Século se revelaram, mas foi apenas nas décadas de 60 e 70 que esses sinais foram notados por vários cientistas. Como sabemos, as ciências sociais, inicialmente acostadas às concepções metodológicas das ciências naturais, sofreram à partida, não podendo através do uso dos métodos existentes, compreender e explicar os objectos em análise em toda a sua extensão. Recorreram então a um 3º eixo, cultural e histórico...

Texto integral em: www.lulu.com/zigurate.

Comentários

p az disse…
Será que o reencontro da ciência com o senso comum é possível na Sociedade Portuguesa?
Não podemos esqueçer o insucesso escolar, a baixa qualificação profissional...
Pensemos, por exemplo, na linguagem utilizada nos livros de divulgação científica! Será que todos percebem esta linguagem?
Anónimo disse…
homem global.e local
Anónimo disse…
A ciencia e uma forma insubstituivel de se chegar a conclusoes fundamentadas sobre o mundo em que vivemos e o lugar que nele ocupamos. por que?
Anónimo disse…
Eu gostaria de saber como o autor caracteriza o conhecimento cientifico da modernidade?
Anónimo disse…
"A ciencia é uma forma insubstituivel de se chegar a conclusões fundamentadas sobre o mundo em que vivemos e o lugar que nele ocupamos. por que?"

Resposta simples: porque é baseada em evidência.

Mensagens populares deste blogue

Da crueldade e da piedade — se é melhor ser amado ou temido

Mesmo não sendo principes, vale muito a pena ler e concluir pela nossa cabeça. Só pela nossa cabeça. MAQUIAVEL, Nicolau. Da crueldade e da piedade — se é melhor ser amado ou temido In: O príncipe. (trad. Olívia Bauduh) São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Col. Os Pensadores). Excerto d'O Príncipe (Cap. XVII) de Nicolau Maquiavel Continuando na apresentação das qualidades mencionadas, digo que cada príncipe deve preferir ser reputado piedoso e não cruel; a despeito disso, deve cuidar de empregar adequadamente essa piedade. César Bórgia , embora tido como cruel, conseguiu, com sua crueldade, reerguer a Romanha, unificá-la e guiá-la à paz e à fé. O que, bem analisado, demonstrará que ele foi mais piedoso do que o povo florentino, o qual, para fugir à fama de cruel, permitiu a destruição de Pistóia. Ao príncipe, assim, não deve importar a pecha de cruel para manter unidos e com fé os seus súbditos, pois, com algumas excepções, é ele mais piedoso do que aqueles que, por clemência em dem

Lançamento de livro Manual do Suicida

É com o sentimento que reflecte a foto que agradeço a todos quantos estivam comigo. Até à próxima. p az.

Infecção 1

Sempre fui um vampiro. Durante mais de 10 000 anos existi numa não vida, como um não ser. Era perfeito, era equilibrado, era belo na certeza das coisas eternas. Eras passaram por mim sem que desse conta ou sentisse sequer cansaço ou fastio. Renovaram-se, evoluíram, homens e demais bichos, moveram-se montanhas, secaram e encheram-se rios. Tudo perante mim surgia, por mim passava e por fim desaparecia. No ininterrupto ciclo da existência só eu permanecia. Sem ser um Deus, era mais do que um homem; tendo sido um homem, cumpri a aspiração destes, libertando-me das grilhetas do efémero. Já me tinha esquecido de como era sentir a vida; já se apagara o pulsar do sangue nas veias, da fome, do calor ou do frio, do chão duro sob os pés; já tinha abandonado o desejo de possuir; já tinha entregue a paixão de ser; já tinha perdido a memória dos filhos que vi nascer e criei. Era uno com o mundo, embora ele me temesse e amaldiçoasse. Não queria o mal dos homens, amava-os na condição de alimento, na c