Albert Speer foi ministro do III Reich. Foi ministro do armamento e munições, cargo que exerceu com a mesma dedicação e competência que colocou nos móveis desenhados para Hitler ou no projecto da megalómana nova Berlin. Recorrendo a inovadoras (à época), técnicas de organização industrial, mas também a muito trabalho escravo, Speer alimentou, enquanto pode ser alimentada, a máquina de guerra alemã. Perto do fim do terror nazi, teve a lucidez de não levar adiante as ordens de Hitler no sentido de destruir o que restava das cidades e das fábricas da Alemanha.
Em Nuremberga, mostrou-se arrependido e ficou famoso e conhecido como “O nazi que pediu desculpa”. Contrariamente aos seus pares que nunca mostraram remorso pelas atrocidades por eles perpetradas ou pelas do regime que faziam parte, Speer mostrou-se, em Nuremberga, um homem arrependido por ter sido nazi e de não ter feito mais para o combater. Chegou mesmo a confessar, sabe-se lá com que verdade, que planeou assassinar o seu führer, envenenando-o com gás.
O que vemos em Speer? O que nos mostra o arrependimento tardio de um homem lúcido? O julgamento dos homens foi o que foi, 20 anos em Spandau; outros nazis, abaixo na hierarquia e menos influentes no desenrolar da história, pagaram (se paga há), com a vida. Do julgamento de deus podemos apenas aguardar em fé. Mas podemos tentar ponderar sobre o grau de culpabilidade dos actos de todos e de cada um segundo o grau de consciência dos mesmos. Goebbles acreditava verdadeiramente que ele, a sua mulher e os seus filhos eram superiores, física e mentalmente a outros seres humanos. Julgava ser possível melhorar o futuro da espécie humana decretando um darwinismo nefando e brutal. Quando viu seu mundo ruir, optou, em comunhão com a mulher, não permitir a si e à sua família, a vida num mundo em que não acreditava. Göering era um fanfarrão egocêntrico, um toxico-dependente com um ego doentio. Defendeu o seu ponto de vista até à morte e recusou ver que o seu reinado acabara. Por muito difícil que nos seja encarar a forma como estes e outros pensavam, e pensam, seja por perversidade ou mesmo loucura, devemos a nós próprios reconhecer que, embora terríveis, cruéis e desumanos, estes homens têm um conjunto de valores consentâneos com as suas acções. Por outro lado, Speer, disse que não partilhava da ideologia nazi, mostrou arrependimento por ter feito o que fez e ter pertencido ao governo de Hitler. Disse-nos Speer que os seus valores eram contrários às suas acções.
E agora? Quem merece maior castigo?
Em Nuremberga, mostrou-se arrependido e ficou famoso e conhecido como “O nazi que pediu desculpa”. Contrariamente aos seus pares que nunca mostraram remorso pelas atrocidades por eles perpetradas ou pelas do regime que faziam parte, Speer mostrou-se, em Nuremberga, um homem arrependido por ter sido nazi e de não ter feito mais para o combater. Chegou mesmo a confessar, sabe-se lá com que verdade, que planeou assassinar o seu führer, envenenando-o com gás.
O que vemos em Speer? O que nos mostra o arrependimento tardio de um homem lúcido? O julgamento dos homens foi o que foi, 20 anos em Spandau; outros nazis, abaixo na hierarquia e menos influentes no desenrolar da história, pagaram (se paga há), com a vida. Do julgamento de deus podemos apenas aguardar em fé. Mas podemos tentar ponderar sobre o grau de culpabilidade dos actos de todos e de cada um segundo o grau de consciência dos mesmos. Goebbles acreditava verdadeiramente que ele, a sua mulher e os seus filhos eram superiores, física e mentalmente a outros seres humanos. Julgava ser possível melhorar o futuro da espécie humana decretando um darwinismo nefando e brutal. Quando viu seu mundo ruir, optou, em comunhão com a mulher, não permitir a si e à sua família, a vida num mundo em que não acreditava. Göering era um fanfarrão egocêntrico, um toxico-dependente com um ego doentio. Defendeu o seu ponto de vista até à morte e recusou ver que o seu reinado acabara. Por muito difícil que nos seja encarar a forma como estes e outros pensavam, e pensam, seja por perversidade ou mesmo loucura, devemos a nós próprios reconhecer que, embora terríveis, cruéis e desumanos, estes homens têm um conjunto de valores consentâneos com as suas acções. Por outro lado, Speer, disse que não partilhava da ideologia nazi, mostrou arrependimento por ter feito o que fez e ter pertencido ao governo de Hitler. Disse-nos Speer que os seus valores eram contrários às suas acções.
E agora? Quem merece maior castigo?
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