Vi-te morta.
Estava a dormir.
Foi em sonho,
Mas não importa.
Apertou-se-me o peito ao sentir a tua pele fria;
O teu suave respirar que já não existia.
Estava a dormir e não sabia se eras tu ou o teu amor que morria.
Vejo-te prostrada, esventrada.
E a faca ensanguentada,
Diz-me que estás morta.
Sei que a meu lado respiras.
Que posso ver o teu rosto,
Entre os cabelos que caem em tiras.
Horrorizo, estremeço. Pulo na cama e volto ao começo.
É tudo tão falso, a faca, o sangue, chegas a rir.
Mas basta-me imaginar-te morta para contigo querer partir.
Se respiro, é por ti.
Se amo meus filhos, é porque são teus.
Se te vejo morta, mesmo a dormir, é o fim.
Hypnos, larga-me! Larga-me, já disse;
Que sono assim não é descanso, mas tortura, aldrabice.
Estás aqui porque queres, acordas quando quiseres.
Será mesmo dor, a dor que sentes?
Estava a dormir.
Foi em sonho,
Mas não importa.
Apertou-se-me o peito ao sentir a tua pele fria;
O teu suave respirar que já não existia.
Estava a dormir e não sabia se eras tu ou o teu amor que morria.
Vejo-te prostrada, esventrada.
E a faca ensanguentada,
Diz-me que estás morta.
Sei que a meu lado respiras.
Que posso ver o teu rosto,
Entre os cabelos que caem em tiras.
Horrorizo, estremeço. Pulo na cama e volto ao começo.
É tudo tão falso, a faca, o sangue, chegas a rir.
Mas basta-me imaginar-te morta para contigo querer partir.
Se respiro, é por ti.
Se amo meus filhos, é porque são teus.
Se te vejo morta, mesmo a dormir, é o fim.
Hypnos, larga-me! Larga-me, já disse;
Que sono assim não é descanso, mas tortura, aldrabice.
Estás aqui porque queres, acordas quando quiseres.
Será mesmo dor, a dor que sentes?
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